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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cirurgia Plástica: sete perguntas antes de fazer.


Riscos existem e vão desde o arrependimento até problemas de saúde

Riscos existem e vão desde o arrependimento até problemas de saúde Uma cirurgia plástica não tem esse nome à toa: é um procedimento cirúrgico, portanto, deve ser encarado com seriedade. Mesmo assim, muita gente parece se esquecer disso e embarca em uma plástica sem refletir sobre nenhum aspecto, desde causas à consequências. "A cirurgia plástica não é uma vilã. Os males estão na falta de cuidados e de escolhas erradas do paciente", diz o cirurgião plástico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Nelson Augusto Letízio.

Muita gente projeta na plástica a fonte de salvação para as suas insatisfações estéticas. No entanto, a decisão da cirurgia merece ser pensada com bastante carinho, não só pelos riscos práticos que a cirurgia envolve, mas também pelo lado emocional. Afinal, você vai mudar um aspecto em seu corpo com o qual conviveu durante um bom tempo. A seguir, fique por dentro de alguns pontos fundamentais que devem ser levados em consideração por todos que desejam fazer uma plástica.

1.Devo mesmo fazer a cirurgia?
Esta é uma pergunta para a qual não existe simplesmente sim ou não. De qualquer forma , é essencial pensar muito e confiar no médico (obviamente depois de escolher um bom profissional). "Muitos pacientes ouvem um 'não' quando vêm ao consultório, pois querem uma cirurgia totalmente desnecessária ou descabida", de acordo com Nelson Augusto Letízio. "Em outros casos, recomendamos uma cirurgia diferente daquela que o paciente tem na cabeça. Já atendi uma mulher que queria colocar silicone nos seios. Observei que a barriga dela estava bastante saliente, com gordura mais localizada nas laterais. Recomendei que ela fizesse uma lipo, pois já tinha os seios grandes e, se as aumentasse, ficaria parecendo mais gordinha", diz Nelson.
"A cirurgia plástica não promete beleza, muito menos perfeição."
2.Escolhi um bom profissional?
Alguns critérios são básicos antes de escolher seu cirurgião: pesquise as referências e qualificações do seu médico. Uma fonte é a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br), onde deve constar como especialista (membro associado). Segundo os dados do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o Cremesp, cerca de 97% dos médicos que respondem a processos éticos-profissionais relacionados à cirurgias plásticas e procedimentos estéticos não possuem título de especialista na área. Observe também a qualidade do local onde você será atendido, seja hospital ou clínica. Como em quase tudo na vida, desconfie de profissionais que cobram preços muito abaixo do mercado ou facilitam demais os pagamentos. E o mesmo se aplica aos cirurgiões "caros" e bem cotados na mídia, eles também devem ser investigados. Além disso, o médico deve informar verbalmente todos os riscos e limitações pelo quais o paciente vai passar e dar um termo de consentimento, que deve ser assinado.
3.As doenças trazem maiores riscos?
Quem tem alguma doença hereditária, crônica ou de outro tipo precisará obter um aval de outro médico para poder realizar a cirurgia plástica com segurança. É o caso de quem apresenta problemas cardíacos ou diabetes. "Em geral, esses pacientes são acompanhados com cuidados especiais durante a cirurgia plástica", diz Nelson. Sendo assim, é importantíssimo ter uma conversa franca com o seu médico não omitindo nenhuma informação.
4.Vou ficar mais bonita (o)?
A resposta mais correta é: talvez. Tudo depende de como você se enxerga e o que espera. Se você buscar ficar parecida com alguém que você acha um modelo de beleza, o resultado pode ser desastroso. "A pessoa deve observar se o resultado que ela espera é adequado ao seu tipo físico", alerta Nelson. E mesmo assim, sentir-se bonita ou bonito, muitas vezes, independe de ter um nariz perfeito, ou os seios firmes e a barriguinha sarada: é algo que depende muito mais do lado emocional, por isso, é importante ter o lado psicológico muito bem trabalhado . "A cirurgia plástica não promete beleza, muito menos perfeição: ela é um ajuste em algo que está deixando o paciente insatisfeito", de acordo com o cirurgião.
5.Estou na idade certa?
Em adolescentes, a plástica não é recomendada até os 16 anos, tanto pelas mudanças pelas quais o corpo está passando, quanto pela imaturidade que pode estar envolvida nessa decisão. "O desenvolvimento das mamas da adolescente só deverá estar completo após 16 ou 18 anos, por exemplo", aponta Nelson. Quanto aos idosos não há restrições de idade: "fiz uma cirurgia de face em uma senhora de 86 anos, recentemente. A idade é o menos importante. O que pesa é o estado geral de saúde do paciente", exemplifica Nelson.
6. Deixa marcas?
"Sempre que há um corte profundo, há uma cicatriz", explica o cirurgião. Nelson deixa isso bem claro para quem acha que vai ficar com a pele exatamente igual ao que era antes. No entanto, as cicatrizes costumam ser pequenas e imperceptíveis, se vistas de longe. Porém, quem tem tendência a desenvolver queloides, deve ter atenção redobrada, e questionar o médico sobre como é possível prevenir as marcas.
7. O pós-operatório é tranquilo?
Embora a tecnologia esteja avançada, não existe cirurgia isenta de riscos, e dores no pós-operatório. Como explica o cirurgião plástico Ruben Penteado: "Nas cirurgias com prótese de silicone, podem ocorrer problemas de rejeição do organismo, inflamações e infecções. Sem contar que a dor sempre vai existir, mesmo que ela dure pouco tempo. Uma cirurgia é sempre estressante. Não adianta pensar que é como ir ao salão de beleza." E ainda existem os cuidados com alimentação e disciplina, como o uso de cintas modeladoras por um bom tempo. Tudo isso influencia no resultado final da plástica.

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