Stetic Cris

domingo, 14 de novembro de 2010

Para emagrecer é preciso comer

Na busca por um corpo perfeito, homens e mulheres de todas as idades têm buscado fórmulas milagrosas para a perda de peso.

Dietas de todos os tipos proliferam na internet, revistas e livros. E neste afã pelo novo vale tudo: restrição de carboidratos, aumento de ingestão protéica e gordurosa, restrição de gorduras a zero, combinação de alimentos, dieta da lua, do grupo sangüíneo, da água e vai por aí a fora.

Foto de mulher comendo salada
Diante de tanta oferta e observando o interesse pelo assunto, buscamos colocar alguns pontos importantes, propondo uma reflexão crítica quanto à qualidade e quantidade de uma dieta.

No cérebro humano, um centro neural chamado hipotálamo preocupado com a integridade física do nosso organismo utiliza algumas “estratégias” consideradas reguladoras. Ali estão localizados os centros da fome e da saciedade buscando controlar uma ingestão que seja adequada às necessidades energéticas de cada organismo.

A importância deste “sistema inteligente”, se bem compreendida, pode ser de grande auxílio para a manutenção de um corpo saudável e o estabelecimento de bons hábitos alimentares para a vida toda.

Assim, parece de suma importância que alguns conhecimentos possam ser interiorizados por todos: indivíduos em sobrepeso, obesos e desnutridos, crianças, jovens, e adultos, para a manutenção da saúde e prevenção de doenças.

O estômago vazio, através do hormônio grelina emite sinais ao cérebro (hipotálamo) que dispara o centro da fome. Na medida em que a fome é saciada este hormônio diminui sua concentração iniciando a ação do hormônio PYY, que “avisa o cérebro” para que seja acionado o centro da saciedade.

O hormônio grelina é produzido pelo estômago e age quando este está vazio, denunciando a sensação de fome. Na medida que entra o alimento ele vai diminuindo sua concentração. Quando os alimentos passam do estômago para os intestinos há a liberação do hormônio PYY, produzido de forma natural e fisiológica pelo tubo digestivo, que também age no cérebro, ativando o centro da saciedade e “informando ao cérebro que o tubo digestivo contém alimento em processo de digestão e que o sistema nervoso central pode “desligar” a fome e induzir a sensação de saciedade. Este hormônio se mantem elevado no sangue depois de comer e no intervalo das refeições.

É aqui então que entram em ação as “estratégias” do cérebro humano: num indivíduo que alimenta-se adequadamente, fazendo 5 refeições ao dias em horários regulares, o cérebro interpreta que não existe carência alimentar e portanto não precisa fazer reserva de gordura para “situações de penúria” futura. Assim, o alimento é utilizado pelo organismo para a formação da energia necessária e não é estocada na forma de tecido gorduroso. Ao contrário, o indivíduo que pula refeições imaginando estar “economizando” calorias, apenas estará mandando uma mensagem de carência ao cérebro que então irá “economizar” nutrientes e estes serão armazenados na forma de gorduras para necessidade futura.

Pode-se dizer que nosso inconsciente age a nosso favor salvaguardando nosso organismo e isto, dependendo de nossa conduta alimentar, poderá ser positivo ou negativo. Ou seja, pessoas que se alimentam com menores quantidades de alimentos saudáveis em maior número de vezes ao dia, terão menos episódios de fome e conseqüentemente estarão emagrecendo, justificando a máxima de que para emagrecer é preciso comer.
 
 
By Ana Paula Maia.
Psicologa da obesidade e transtorno alimentares. CRP06/96219

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